Pela segunda vez a Galeria Karla Osorio participa da feira VOLTA NY.Agora apresentando dois artistas de origens e gerações diferentes, Estela Sokol e Roland Gebhardt. O ponto central do diálogo é o minimalismo e a geometria. Gebhardt (1939) é contemporâneo de grandes aratistas minimalistas como Carl André, Donald Judd, Shapiro, Richard Serra, Sol Lewitt etc, com quem participou da mostra histórica The Minimalist Tradition em 1979 no Aldricht Institute. Sua escolha pelo isolamento depois dos anos 80 o permitiu produzir de forma intácta e pura, distante de opiniões de terceiros. Como lembrado pelo curador italiano Biagio d’Angelo, é quase como se fosse le bon sauvage (o bom selvagem) de J. J. Rousseau, isolado da maioria das influencias e sociedade.
Sua longa pesquisa sobre o “vazio”, explorando materiais como o mármore, madeira, alumínio, aço, zinco e papel produziu um forte corpo de trabalho, abordando temáticas como a filosofia, arquitetura e matemática. O negativo tem presença em todas as suas obras, inclusive pelo vazio criado/escavado ou pela superfície preta. Ele está em uma constante e duradoura procura por um novo vocabulário, por muitos anos, mas paradoxalmente nova e desafiadora. Por uma metódica e obsessiva repetição de objetos e temas, a predileção por volumes e sua natureza enigmática, o artista interfere ao utilizar cortes e incisões que sugerem que a arte ainda influencia materiais organicos e rígidos, como pedras, madeira, aço, papel e até livros. Os cortes reescrevem a hitória do materia, desnaturando-a, criando linhas geométricas fora do que se pensa como desenho tradicional, preenchendo o que é chamado pelo artista como “o vazio linear”, que funciona como uma conexão original entre volumes ou elementos. Recentemente ele tem incorporado a tinta em seus trabalhos e mostraremos as primeiras destas peças maravilhosas.
Sokol (1979) se formou em arquitetura e procura a leveza e a puresa, uma síntese poderosa da matéria que ela escolhe esplorar. Poliester, mármore, espuma, isopor, encaustica, granito e diferente tipos de pedras são sua materia prima principal. Do mais duro ao macio. Ao usar a colagem ou pelo empilhamento com uma aproximação quase magnetica, ela extrai a essência destes elementos. Sua interferência é mínima, mas precisa. Muitos dos seus trabalhos parecem voar ou flutuar, de uma delicadeza nata transformada em poderosa arte. Embora sua técnica seja em parte pintura, ela se recusa a pintar e cobrir a superfície em que trabalha. Desta forma, a cor das suas telas e pinturas são determinadas meramente por materiais industriais. Ela também se limita a usar as cores de produtos que acham prontos, sem mistura de pigmentos ou paleta de cores.Ela cria um conjunto amplo de ideias e sentimentos pelo aparente corpo de pintura ou escultura. Enfatizando o quão delicados elas são, a maior parte dos seus trabalhos são pequenos e revelam um caráter artesanal na sua manufatura. Sejam feitos de PVC ou PU, com seus traços de luz distribuídos e justapostos ou sobrepostos pelo quadro, as pinturas revelam uma translucides entre suas camadas e o esquema monocromático. No entanto, nas suas criações escultóricas,, o conforto e a simetria estão praticamente ausentes. Sua suposta construção desajeitada e a composição do material exploraram uma intimidade inquietante com a sua densidade, volume e verticalidade. Suas texturas e formas poríficas compõem uma rede repleta de simbologia, uma geometria natimorta, desorganizada e insecura prestes a desmoronar, assim como nós, humanos.
Veja abaixo o PREVIEW com imagens disponíveis do trabalho.
Estela Sokol Untitled (from the studies for a snowy morning series) Painted marble 4,7 x 10 x 4,7 2012 Ed. 4/5 |
Roland Gebhardt LV0019, Untitled Boulders 7 × 12 × 7 in 1978 |
Estande B6
PIER 90
12th Ave. New York, N Y – 10019
Quarta, 07/03
Convidados de honra e imprensa 14h – 18h
VIP + Vernissage 18h – 21h
Quinta – Sábado, 08 – 10/03
Visitação 12h – 20h
Domingo, 11/03
Visitação 12h – 17h