Sergio Fingermann
A partir de 1975, Fingermann tem trabalhado com pintura e gravura, buscando construir um universo poético, com fortes características intimistas, repetindo sinais, anotações gráficas e memórias. O pacto com a subjetividade, com a singularidade permanece, no entanto, nas pinturas, o plano pictórico recebe um tratamento que busca revelar a própria construção.
Os elementos simbólicos das obras se fundem na superfície da pintura, o gesto torna-se mais dramático e o espaço, que anteriormente havia sido tratado como o lugar da representação, como se fosse um palco, materializa-se como o próprio sujeito da pintura. Mais uma vez, pequenos desenhos, anotações gráficas, memórias surgem nas pinturas recentes; agora apenas como evocações na superfície da tela, que foi transformada em uma espécie de território de memórias.